O pai do piloto do Fokker 100 que caiu, em São Paulo, matando mais de 100 pessoas, contou e repetiu, na televisão, que sonhara na véspera com o pavoroso desastre, ficando muito impressionado e comentando a visão com familiares e amigos.
Também a mulher de um passageiro declarou que sua filha pequena despertara e lhe dissera que o pai não voltaria mais, pois, o avião em que viajava caíra. Daí a pouco, assistia à catástrofe na TV.
Comprovadamente, a premonição sempre existiu. Mas o que é, como e por que acontece?
Quando o homem dorme, seu espírito deixa o corpo, sem, contudo, dele se desligar, e é nessas ocasiões que, às vezes, vislumbra o futuro próximo, com maior ou menor clareza.
Ao despertar, imaginará tratar- se de um sonho ou pesadelo. A isso chamamos "aviso ou premonição".
O espírito Adolfo Bezerra de Menezes, no livro Recordações da Mediunidade, psicografado por Yvonne Pereira, edição da Federação Espírita Brasileira, explica que tais possibilidades derivam de uma faculdade psíquica que possuimos, espécie de mediunidade.
A premonição não existe no mesmo grau em todas as criaturas, embora seja disposição comum a qualquer ser humano.
O pressentimento é o conselho íntimo e oculto de um espírito que vos dedica afeição, decorrente da escolha que se tenha feito: antes de reencarnar, o espírito tem conhecimento das várias fases da sua nova existência, isto é, dos principais gêneros de provas a que vai se entregar.
José, por exemplo, relata Mateus, foi avisado por um anjo que, aparecendo-lhe em sonho, o aconselhou fugir de Herodes, para o Egito, com Jesus.
Os avisos por meio de sonhos são comuns nos livros sagrados de todas as religiões.
Sabemos que o tempo do sono é aquele em que o espírito, desprendendo-se dos laços materiais, entra momentaneamente no mundo espiritual, onde se encontra com conhecidos de outras encarnações.
Esse instante é, muitas vezes, escolhido pelos espíritos protetores para se manifestar aos seus protegidos e dar-lhes conselhos mais diretos. Neste caso, o que ocorre é uma adaptação, feita por espírito especializado neste assunto, das ondas mentais de 4ª dimensão que estão presentes no cérebro perispiritual para que possa ser interpretado pelo cérebro físico que sabe apenas interpretar as ondas de 3ª dimensão, ocorrendo assim, uma lembrança mais nítida das orientações que o espírito queira que a pessoa se lembre ao acordar.
Revista Cristã de Espiritismo, edição 25.
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