A aceitação dos textos bíblicos ao pé da letra tem levado parcela significativa da Humanidade a ter a convicção de que haverá uma segunda volta de Jesus à Terra, completamente visível, para separar os eleitos do seu reino. Que todas as mudanças ocorrerão de forma brusca e violenta. É o juízo final e o fim do mundo. É a síndrome do fim do mundo.
Entretanto, Allan Kardec nos recomenda cautela. A doutrina espírita nos ensina que o progresso se processa de acordo com as leis imutáveis criadas por Deus.
Como a natureza não dá saltos, todas as mudanças previstas haverão de processar-se lenta, mas inexoravelmente em gradativa intensidade.
Em A Gênese, Kardec, esclarece que as mudanças se realizam de duas maneiras: "uma gradual, lenta, imperceptível; outra por movimentos relativamente bruscos".
Certamente, a forma que ocorrerão essas mudanças anunciadas dependerão muito do rumo que a humanidade estiver seguindo.
Trata-se de um movimento, a operar-se no sentido do progresso moral, durante o qual a rebeldia humana, pelo acúmulo de faltas e pelo predomínio do orgulho e do egoísmo, em muitos séculos, precisa ser refreada, em benefício dos próprios homens, antes que novos débitos venham agravar a situação espiritual do planeta.
Portanto, as mudanças mais profundas ocorrerão no comportamento dos seus habitantes, que passarão a se conduzir pelas Leis Divinas.
Os espíritos recalcitrantes no mal não poderão reencarnar mais neste planeta. Irão para mundos primitivos, onde expiarão os débitos contraídos aqui. No lugar destes espíritos reencarnarão outros com propensão para o bem.
Revista Cristã de Espiritismo, edição 25.
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