Parte 7/11
Amigo Leitor, o médium Leon Denis, faz alguns comentários sobre os opositores da médiunidade de Joana d'Arc.
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Luciano Dudu
Leon Denis :
Outro ponto de vista: ter-se-ia ela enganado?
- Seu bom senso, sua lucidez de espírito, seu critério firme, os relâmpagos de gênio que lhe iluminam, aqui e ali, a vida, não permitem que em tal se creia. Joana não era uma alucinada!
E' sempre fácil qualificar de quimeras, de alucinações, ou de loucuras os fatos que nos desagradam, ou que não podemos explicar. Nisto, muitos cépticos se consideram pessoas bastante criteriosas, quando não passam de vítimas dos seus preconceitos.
Joana não era neurótica, nem histérica.
- Robusta, gozava de saúde perfeita. Era de costumes castos e, ainda que de uma beleza plena de atrativos, sua presença impunha respeito, veneração, mesmo aos soldados que lhe partilham da vida;
- O mesmo ocorre com a sua sobriedade: há, sobre esse ponto, numerosos testemunhos, desde o de pessoas que a viram por pouco tempo, como à senhora Colette, até os de homens de seu séquito habitual. Citemos as palavras do pajem, Luís de Contes: “Joana era extremamente sóbria. Muitas vezes, durante um dia inteiro, não comeu mais do que um pedaço de pão. Admirava-me que comesse tão pouco. Quando ficava em casa, só comia duas vezes por dia ;
- A rapidez maravilhosa com que a nossa heroína se curava dos próprios ferimentos mostra a sua poderosa vitalidade: alguns instantes, alguns dias de repouso lhe bastam e volta para o campo de batalha. Ferida gravemente, por haver saltado da torre de Beaurevoir, recobra a saúde assim consegue tomar algum alimento;
E se, das qualidades físicas, passamos às do espírito, a mesma conclusão se impõe. Os numerosos fenômenos de que Joana foi o agente, longe de lhe turbarem a razão, como sucede com os histéricos, parece, ao contrário, terem-na robustecido, a julgar pelas respostas lúcidas, claras, decisivas, inesperadas, que dá aos seus interrogadores de Ruão. A memória se lhe conservou fiel, o juízo são; manteve a plenitude de suas faculdades e foi sempre senhora de si.
- Acrescentemos que nunca foi vítima de obsessão, pois que seus Espíritos não intervêm senão em certos momentos e sobretudo quando os chama, ao passo que a obsessão se caracteriza pela presença constante, inevitável, de seres invisíveis. Todas as vozes de Joana tratam da sua grande missão; jamais se ocupam com puerilidades; sempre tem razão de ser o que fazem ouvir, não se contradizem, nem se mostram eivadas das crenças errôneas do tempo, o que teria cabimento, se Joana fosse predisposta a sofrer de alucinações.
Fonte: Joana d'Arc - Leon Denis - FEB /RJ
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