Não nos parece nada má ideia. Nos Estados Unidos as taxas de suicídio estão a aumentar, sobretudo entre veteranos de guerra e jovens homossexuais que são maltratados nas escolas. A Fundação Americana para a Prevenção dos Suicídios resolveu então pedir ajuda ao super-herói patriota da Marvel, o Capitão América. Zoticia o jornal Público que está a ser lançada uma edição especial, gratuita, da revista Capitão América, com uma aventura em que intervém um jovem vítima de depressão, que de candidato a suicida, acaba por ser o herói que salva o herói.Uma mensagem inteligente. Porque todos somos os heróis de alguém. Dos nossos pais, dos nossos filhos, dos nossos amigos, dos nossos familiares, de pessoas que nem conhecemos e para as quais fomos importantes em alguma situação. A quem estiver na situação de candidato a um suicídio, pedimos que pense na dor que vai causar aos que cá ficam. Se, para mais, se tratar de alguém que creia em Deus, pedimos-lhe também que reflita sobre a razão pela qual Deus o colocou nesta vida. Será aceitável "rasgar o contrato"?Não somos dos que de forma simplista chamam "covardes" aos suicidas. Há estados de loucura em que o suicida não tem consciência do que faz, e para infortúnio já basta o suicídio - são completamente desnecessários os insultos. Do nosso ponto de vista, como crentes na imortalidade da alma, temos ainda uma razão acrescida para desaconselhar o suicídio: é que quem põe termo à vida só agrava o seus problemas. A vida continua, só o corpo morre, e o suicida assiste, impotente, aos sofrimentos de quem deixou no mundo material, com a consciência pesada por ter saído de cena antes de tempo.
Seja você, amigo que nos lê, crente, descrente ou indiferente, se se acha em situação limite, não considere o suicídio como opção. Procure ajuda. Para sua surpresa, encontrará quem ajude. A Medicina, a Psicologia, o líder espiritual da sua congregação religiosa (seja ela qual for), o centro espírita, podem insuflar-lhe novo ânimo. E não se isole, que a solidão é má conselheira.
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