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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Das Leis Morais - 9

– Capítulo IX –

Da lei de igualdade

1 Igualdade natural. 2 Desigualdade das aptidões.3 Desigualdades sociais. 4 Desigualdade das riquezas. 5 As provas de riqueza e de miséria. 6 Igualdade dos direitos do homem e da mulher. 7 Igualdade perante o túmulo.

1 Igualdade natural

Todos os homens são iguais perante Deus e estão submetidos às mesmas leis da Natureza. Deus a nenhum homem concedeu superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela morte: todos, aos seus olhos, são iguais.

2 Desigualdade das aptidões

Deus criou iguais todos os Espíritos, mas cada um destes viveu mais ou menos tempo, e, conseguintemente, tem feito maior ou menor soma de aquisições. A diferença entre eles está na diversidade dos graus de experiência alcançada e da vontade com que obram, vontade que é o livre-arbítrio. Daí aperfeiçoarem-se uns mais rapidamente do que outros, o que lhes dá aptidões diversas. Assim é que cada qual tem seu papel útil a desempenhar. Demais, sendo solidários entre si todos os mundos, necessário se torna que os habitantes dos mundos superiores, que, na sua maioria, foram criados antes do nosso, venham habitá-lo, para nos dar o exemplo. Passando de um mundo superior a outro inferior, conserva o Espírito, integralmente, as faculdades adquiridas, porém, poderá escolher, no estado de Espírito livre, um invólucro mais grosseiro, ou posição mais precária do que os que já teve, porém tudo isso para lhe servir de ensinamento e ajudá-lo a progredir.

3 Desigualdades sociais

A desigualdade social não é lei da Natureza. É obra do homem, e não de Deus. Um dia desaparecerá quando o egoísmo e o orgulho deixarem de predominar. Restará apenas a desigualdade do merecimento. Dia virá em que os membros da grande família dos filhos de Deus deixarão de considerar-se como de sangue mais ou menos puro. Os que abusaram da superioridade de suas posições sociais, para, em proveito próprio, oprimir os fracos serão, a seu turno, oprimidos: renascerão numa existência em que terão de sofrer o que tiverem feito sofrer aos outros.

4 Desigualdade das riquezas

A desigualdade das riquezas origina-se, quase sempre, da velhacaria e do roubo. Mesmo a riqueza herdada, muitas vezes se originou de uma espoliação ou de uma injustiça. É fora de dúvida que os que herdam uma riqueza mal adquirida não são responsáveis pelo mal que outros hajam feito, sobretudo se eles o ignoram, como é possível que aconteça, mas sabemos que, muitas vezes, a riqueza vem às mãos de um homem para lhe proporcionar ensejo de reparar uma injustiça. Se a fizer em nome daquele que cometeu a injustiça, a ambos será a reparação levada em conta, porquanto, não raro, é este último quem a provoca. A igualdade das riquezas não pode existir, pois a isso se opõe a diversidade das faculdades e dos caracteres. Aqueles que julgam ser esse o remédio aos males da sociedade, não compreendem que a igualdade com que sonham seria a curto prazo desfeita pela força das coisas. Com o bem-estar não se dá a mesma coisa, mas é relativo e todos poderiam dele gozar, se se entendesse convenientemente, porque o verdadeiro bem-estar consiste em cada um empregar o seu tempo como lhe apraza e não na execução de trabalhos pelos quais nenhum gosto sente. Como cada um tem aptidões diferentes, nenhum trabalho útil ficaria por fazer. Em tudo existe o equilíbrio; o homem é quem o perturba.

5 As provas da riqueza e da miséria

Deus concede a uns as riquezas e o poder, e a outros, a miséria, para experimentá-los de modo diferente. Além disso, como sabemos, essas provas foram escolhidas pelos próprios Espíritos, que nelas, entretanto, sucumbem com freqüência. As misérias provocam queixas contra a Providência e a riqueza incita a todos os excessos. Com a riqueza, as necessidades do homem aumentam e ele nunca julga possuir o bastante para si unicamente.

6 Igualdade dos direitos do homem e da mulher

Deus outorgou, tanto ao homem como à mulher, a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir. A inferioridade da mulher em certos países provém do predomínio injusto e cruel que sobre ela assumiu o homem. A mulher é mais fraca, fisicamente, e por isso os seus trabalhos são mais leves. Ao homem, por ser mais forte, cabem-lhe os trabalhos mais rudes, mas ambos devem ajudar-se mutuamente a suportar as provas de uma vida cheia de amargor.
Por outro lado, as funções a que a mulher é destinada pela Natureza, têm maior importância que as do homem, pois é ela quem lhe dá as primeiras noções da vida. A lei humana, para ser eqüitativa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher. Todo privilégio a uma ou a outro concedido é contrário à justiça. A emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização.

7 Igualdade perante o túmulo
O desejo que o homem sente de perpetuar sua memória por meio de monumentos fúnebres é o último ato de orgulho dos parentes, desejosos de se glorificarem a si mesmos. Entretanto, não é reprovável, de modo absoluto, a pompa dos funerais, quando se tenha em vista honrar a memória de um homem de bem, pois isso é justo e de bom exemplo.

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