.

.
Visite o site de nossa casa amada, Associação Espírita Seara de Jesus:http://www.aesjesus.org.br

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

As Religiões e a Morte

No século 16, um padre alemão chamado Martinho Lutero iniciou um movimento de reforma religiosa que culminaria num cisma, ou seja, numa divisão no seio da Igreja Católica. Foi assim que surgiram outras igrejas, igualmente cristãs, mas não ligadas ao Papado.
Lutero e os outros reformistas desejavam que a Igreja Cristã voltasse ao que eles chamavam de "pureza primitiva". A mediação da Igreja e dos Santos deixaria de existir, prevalecendo então a ligação direta entre Deus e a Humanidade. É por isso que, nas igrejas protestantes, não vemos imagens de santos nem temos o culto a Virgem Maria, mãe de Jesus.
Os protestantes creem que a Bíblia é a única fonte da revelação especial de Deus à Humanidade, e, como tal, ela ensina a nós tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado.
Os protestantes creem que, baseados na fé apenas em Cristo, os crentes são justificados por Deus, quando todos os seus pecados são pagos por Cristo na cruz e Sua justiça é a eles imputada. Os protestantes creem que por sermos justificados por Cristo apenas, e que a justiça de Cristo é a nós imputada, quando morremos iremos direto para o céu para estarmos na presença do Senhor.

O Budismo e a Morte
No Budismo, a palavra "morte" significa "o que vai nascer". Porque o que morre no mundo material, na verdade está nascendo no mundo espiritual. Depois de passar para o mundo espiritual, onde vive durante um período que pode variar de alguns anos a dezenas, centenas ou mesmo milhares de anos, o ser humano renasce no mundo físico. Durante o curso de sua vida terrena, ou à medida que vai executando as suas tarefas, o homem acumula – de modo consciente ou inconsciente – impurezas e máculas em seu corpo espiritual. Quando as doenças ou a velhice deterioraram o seu corpo físico, impedindo-o de cumprir as suas tarefas, ele abandona o corpo e volta para o mundo espiritual.
Quando a alma ingressa no mundo espiritual, começa, geralmente, a ser purificada de suas máculas. Dependendo da quantidade de suas nuvens, ela viverá num plano mais alto ou mais baixo do mundo espiritual. A quantidade de máculas também irá determinar se o período de purificação será longo ou curto. Esse período pode variar de alguns poucos anos a centenas e milhares de anos. E quando o Espírito está purificado até um certo grau, renasce por ordem de Deus.

O Espiritismo e a Morte
A visão espírita é semelhante, em muitos pontos, à visão budista, mas possui diferenças marcantes que a distinguem desse pensamento de origem oriental. Primeiro, o Espiritismo considera que a morte não é o fim da vida, mas apenas do corpo físico, que, na verdade, passa pelo processo de desagregação molecular, retornando seus elementos à natureza. Assim, todo ser humano é uma alma, e quando desencarna, passa a ser chamado de Espírito.
O Espírito continua a viver, mantendo sua identidade através do perispírito (corpo espiritual), e também sua personalidade, pois deve assumir as consequências do bem e do mal que praticou quando na Terra. Os Espíritos vivem no mundo (ou dimensão) espiritual, onde prosseguem seus aprendizados, vinculam-se ao desenvolvimento de diversos serviços, aguardando o momento oportuno para reencarnar. O tempo de permanência no mundo espiritual é muito variável, pois depende das necessidades do Espírito.
O mundo espiritual é dinâmico, com colônias (ou cidades), postos avançados de socorro e muito mais, do qual podemos fazer uma ideia olhando a própria organização social humana, que é cópia imperfeita da realidade espiritual.
Tudo isso é regido pela lei de evolução, conforme desígnio de Deus, e o Espírito poderá ter aqui na Terra tantas reencarnações quanto o necessário, até que esteja intelectualmente e moralmente preparado para reencarnar num mundo mais adiantado. Quando chegar ao estado de perfeição, ou puro Espírito, ele não precisará mais reencarnar, e estará em ligação direta com o Criador, trabalhando pelo bem e o progresso dos seus irmãos, assim como codirigindo a vida universal.
Ainda o Espiritismo estabelece que as dimensões espiritual e material interagem, se interpenetram, e após a morte o Espírito pode estabelecer comunicação com os chamados vivos, ou seja, com aqueles que continuam encarnados, isso através da chamada mediunidade, da qual muitas pessoas são dotadas em maior ou menor grau.

Conclusão
O pensamento espírita sobre a morte difere muito do pensamento das doutrinas do Catolicismo, do Judaísmo, do Hinduísmo, do Islamismo e do Protestantismo. É mais racional e lógico. E difere do pensamento do Budismo, por não ser, o pensamento espírita, místico.
Recomendamos aos nossos leitores o estudo de duas obras espíritas de máxima importância sobre o assunto: “O Livro dos Espíritos” e “O Céu e o Inferno”, ambas de Allan Kardec, que aprofundam o tema e descortinam uma nova visão sobre a vida e a morte.

           Marcus de Mario                                

Nenhum comentário:

Postar um comentário